Tarde Te amei!
Tarde Te amei,
ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Te amei!
Eis que habitávas dentro de mim e eu, lá fora, a procurar-Te!
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criaste.
Estávas comigo e eu não estava Contigo!
Retinha-me longe de Ti aquilo que não existiria,
se não existisse em Ti.
Porém, chamaste-me com uma voz tão forte
que rompeste a minha Surdez!
Brilhaste, cintilaste e logo afugentaste a minha cegueira!
Exalaste Perfume:
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Ti.
Saboreei-Te e, agora, tenho fome e sede de Ti.
Tocaste-me e ardi no desejo da Tua Paz.
Santo Agostinho