PARÓQUIA S. MIGUEL DE QUEIJAS

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Dia de São Martinho

SMartinho22Estamos a festejar um dos grandes santos populares: São Martinho de Tours.
São Martinho é símbolo da partilha generosa e da fraterna solidariedade. Sabes quem foi e o que fez dele uma referência tão popular? De certeza que já ouviste falar da lenda do Verão de São Martinho... Deixo-te aqui uma pequena biografia deste grande homem de Deus.

HISTÓRIA E LENDA DE S. MARTINHO
São Martinho nasceu em Sabária, na antiga província romana da Panómia – hoje Hungria –, por volta do ano 316. Era filho de pais pagãos. Fez os seus estudos em Pavia, onde vivia a família e, aos quinze anos, entrou ao serviço exército romano tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial.

Um dia, aconteceu um facto que o marcou para toda a vida. Numa tarde chuvosa e fria de Inverno do ano 338, às portas de Amiens, Martinho seguia montado no seu cavalo, quando viu um homem muito pobre, vestido de roupas andrajosas e regelado pelo frio, que lhe estendia a mão, pedindo esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, num gesto de compaixão e de solidariedade, cortou ao meio o manto do seu uniforme militar e partilhou-o com o mendigo. Os outros soldados, seus companheiros, zombaram de tal atitude filantrópica, porque Martinho ficara com a capa rasgada. Mas, segundo reza a lenda, de imediato, a chuva e o mau tempo desapareceram, brilhando nesse mesmo instante os raios do Sol por entre as nuvens – parecia uma dia Verão! Este episódio ficou conhecido como "Verão de São Martinho".

Depois daquele encontro de Martinho com o pobre mendigo – que mais tarde ele irá reconhecer com o próprio Jesus! –, sentiu-se um homem novo. Compreendeu que, a partir de então, tinha que mudar de vida. Não podia continuar a perseguir mais ninguém e os cristãos eram mais seus irmãos que inimigos.

Converteu-se à fé cristã e na noite de Páscoa de 339 recebeu em Poitiers o Baptismo. A partir de então, não podia continuar a ser mais um guarda imperial e a solução foi renunciar à carreira militar, obtendo do imperador a exoneração do seu cargo.

Com o desejo ardente de difundir e anunciar o Evangelho do Senhor, partiu para a Panómia, sua terra natal, onde só consegue converter a mãe. Os hereges arianos, aí predominantes, obrigaram-no a fugir. Regressa à península itálica e, na ilha Gallimara – na costa da Ligúria – entrega-se completamente à vida eremítica.

Quando teve conhecimento que o seu amigo, Santo Hilário, fora nomeado bispo de Poitiers, Martinho decidiu ir ter com ele e, a seu conselho, deixou a vida de eremita de Gallimara, fundando um mosteiro próximo de Ligugé, na França. Tempos depois, é por este ordenado sacerdote e, anos mais tarde, eleito e aclamado bispo da diocese de Tours, continuando, no entanto, a viver fraternamente com os seus monges num eremitério feito de cabanas às portas da cidade.

Foi um insigne modelo de bom pastor. Fundou vários mosteiros, dedicando-se empenhadamente à formação do clero e à evangelização dos pobres. Governou a diocese durante vinte e sete anos. Morreu a 8 de Novembro de 397, em Candes, onde se deslocara para aí restaurar a paz. Nos últimos dias, esgotado pelo cansaço e pela fadiga, rezava assim: "Senhor, se ainda sou necessário ao teu povo, não me recuso a sofrer".

Os seus restos mortais regressaram a Tours e, no dia 11 de Novembro, foi aí sepultado, tornando-se o primeiro padroeiro da França e um modelo de humildade e caridade. Foi um dos santos mais amados da Idade Média e o seu túmulo tornou-se num dos maiores centros de peregrinação de toda a Europa ocidental.

Ainda hoje o seu espírito continua a ser fonte de inspiração. Em 2005, foi reconhecido pelo Conselho Europeu "personnage européen, symbole du partage", tendo este conceito de partilha revestido uma oportuna contemporaneidade.

O facto de este dia coincidir com a altura do calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas – do vinho, das castanhas e de outros frutos outonais, bem como da matança do porco –, leva a que a festa de São Martinho tenha toda uma componente de exuberância e de um salutar convívio fraterno. E lá diz o ditado que "no dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho" ou, então, "em dia de São Martinho mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho".

Celebremos com alegria o exemplo deste grande homem de Deus. Um bom dia de São Martinho!
pe. alexandre santos

 

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